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Fala, pessoal! Como quase matei vocês de tédio por causa do tamaaaanho do meu primeiro post aqui no Freelablog, prometo que esse vai ser menorzinho 😉 Então, vou dividir o conteúdo em pequenas seções, ok?

RPA – o que é? quais as vantagens?

Quando estava pesquisando informações na internet para explicar pra vocês, algo que me chocou muito foi a quantidade de informações conflitantes que encontramos na internet. Infelizmente, nosso governo desorganizado não achou por bem criar um site voltado para o trabalhador autônomo. Mas não temam, amiguinhos, porque a Ana está aqui e vai ajudá-los.

O RPA é a nossa forma de oferecer aos nossos clientes uma comprovação do pagamento pelo serviço. Ou seja, o RPA seria a nossa “versão da Nota Fiscal”. Digo versão, porque apenas pessoas jurídicas (com CNPJ) conseguem passar Nota Fiscal.

Clientes grandes, como empresas ou pessoas que fazem a contabilidade de seus pagamentos da forma correta (e legal) preferem prestadores que possam fornecer algum tipo de comprovação. No caso do trabalhador autônomo, pessoa física, só poderia ser o RPA. Então, eu diria que a principal e mais óbvia vantagem de usar o RPA é de aumentar seu leque de clientes, acrescentando a ele os clientes que exigem esse tipo de documentação.

Como o profissional autônomo, muitas vezes, não tem contrato de trabalho, o RPA é um documento que nos protegerá, caso o cliente venha a não pagar ou alguma coisa do gênero. Inclusive, sugiro a vocês que sempre registrem todos os contatos com o cliente. Dêem preferência a tratar tudo por e-mail, em vez de telefone. Se for por telefone (smartphone), procure algum app que grave a ligação e certifique-se de informar ao cliente, logo de cara, que a ligação está sendo gravada. Caso o problema vá parar na Justiça, gravações só são aceitas caso os dois envolvidos estejam cientes de estarem sendo gravados.

Uma grande vantagem de usar o RPA como comprovação a clientes PJ (pessoa jurídica) é o INSS facultativo. Essa modalidade de INSS é a arrecadação que a própria empresa tem a obrigação de fazer em cima do valor que você vai receber. Dessa forma, você mesmo não precisa fazer sua contribuição individual.

Inclusive, no RPA você também pode deduzir outros valores que você deva pagar além do INSS, como ISS, Imposto de Renda Retido na Fonte, Pensão Alimentícia e outras coisas.

mas como funciona esse negócio de INSS?

Há duas formas de contribuir com o INSS. O INSS facultativo, que é quando a empresa cliente recolhe sua contribuição para você (desconta do valor do RPA e paga o INSS por você) e a contribuição individual, que é quando você tem clientes pessoa física ou então outras rendas não declaradas a título de ajuda de custo que não exijam RPA. A diferença é a seguinte: há uma lei que obriga empresas a pagarem a contribuição do INSS de seus funcionários, mesmo no caso de “funcionários” autônomos. Ou seja, se seu cliente for uma empresa, ele terá que pagar o INSS para você. No caso do INSS facultativo, o desconto sempre é de 11%. No caso da contribuição individual, que é quando você mesmo tem que calcular e pagar à previdência social, a taxa do desconto varia de acordo com a sua faixa de renda. Clique aqui para saber as porcentagens que você deve descontar, de acordo com o dinheiro que você recebeu dentro daquele mês. (ah, “trabalhador avulso” é como a previdência se refere ao trabalhador autônomo, tá?)

mas eu sou obrigado a pagar INSS?

Profissionais de carteira assinada e autônomos com cliente pessoa jurídica pagam INSS através de seus empregadores. No caso da CLT, o INSS vem descontado em folha – ou seja, é abatido do seu salário sem você ter que fazer conta alguma. No caso dos autônomos, o cálculo é feito no RPA, descontando 11% do valor do serviço. Você repassa o RPA com esse cálculo para seu cliente PJ e ele que se vire! 😉 Caso você não se encaixe nessas situações e prefira não pagar INSS, pelo que eu sei, não é obrigatório. E, embora o INSS não seja uma aposentadoria tão boa quanto os planos de previdência privada disponíveis por aí, ainda assim é uma ajuda de custo a que você tem direito. Inclusive, para incentivar as pessoas a contribuirem para o INSS, contribuintes individuais e profissionais autônomos (pelo INSS facultativo) têm vários benefícios legais a receber, como auxílio-doença, auxílio acidente, auxílio reclusão (caso você seja preso :$), salário maternidade, salário família, além da aposentadoria por idade, por tempo de contribuição e por invalidez. Não vou entrar muito nos detalhes, senão o texto fica enorme de novo. Mas, caso você queira mais informações sobre INSS, comente aqui no post que preparo algo mais detalhado para uma próxima vez!

como calcular o desconto do INSS pelo RPA (ou sem o RPA)?

Se seu cliente for pessoa jurídica, calcule 11% de desconto em cima do valor do RPA e encaminhe para que ele faça o recolhimento da contribuição (ou seja, pra que ele pague a budega pra você). Se seu cliente for pessoa física ou se o serviço não envolver o uso de um RPA, faça o pagamento da sua contribuição você mesmo: use a tabela de alíquotas de acordo com o valor que você recebeu naquele mês e pague seu INSS você mesmo.

como fazer um RPA?

Você vai precisar de: um computador que funcione; qualquer versão do Excel, do Word ou até do bloco de notas; uma tesoura sem ponta. Não, falando sério…

No RPA, você precisa colocar alguns dados obrigatoriamente. Estão abaixo:

  • Nome/Razão Social do Cliente + CPF/CNPJ do Cliente
  • O serviço que foi/será realizado e o valor que deve ser pago a você pelo seu trabalho
  • O valor do serviço, antes dos descontos
  • Os descontos que foram feitos e o valor (foi INSS? foi Imposto Retido na Fonte? quanto foi descontado?)
  • Seu número do PIS (para que a empresa faça o pagamento do INSS para você)
  • CPF, Identidade e órgão emissor
  • Seu endereço completo
  • Seu nome completo
  • A data em que o RPA será entregue – pode ser a data de entrega do serviço ou pode ser a data em que o valor será pago, caso você vá receber antes mesmo de entregar o serviço (nesse caso, fica como uma garantia para o cliente de que você recebeu, mas não entregou o serviço ainda)

Como eu sou uma fofinha e adoro vocês, tomei a liberdade de fazer um RPA em Excel, com um layout super genérico (até porque gosto para design é feito tempero pra pipoca, cada um prefere uma coisa – então, pode modificar o quanto quiser!). Fiz um com o cabeçalho em alta qualidade, para situações em que você tenha que entregar o RPA impresso pro cliente (e queira uma imagem bonitinha e nítida). Outro, em qualidade apenas para visualização na tela, ok?

Clique aqui para o modelo de alta qualidade

Clique aqui para o modelo de visualização em tela

DICA DE VIDA OU MORTE IMPORTANTE PRO SEU BOLSO: se você for mandar o RPA para seu cliente de forma eletrônica, POR FAVOR não mande o arquivo aberto (excel, word ou qualquer formato editável). Salve em PDF. A gente sempre confia no cliente, mas tem cliente por aí muito danadinho que vai acabar adulterando alguma coisa e isso pode dar problemas para você. Proteja-se!

Espero que esse post não tenha sido outro testamento! 😛

Digam nos comentários o que acharam e aproveitem para sugerir ideias para os próximos posts!

Aperto de mão,

Ana

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