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A Freelaholic está de mudança. Vocês já devem saber o estresse que isso causa normalmente. Imaginem, então, quando a dita cuja que está de mudança não quer parar para cuidar da mudança, porque só quer saber de trabalhar… ¬¬

Todo profissional vai se deparar, em algum momento da vida, com uma encruzilhada dessas, em que deverá escolher entre sua vida pessoal e profissional. A verdade é que o profissional autônomo está sempre mais propenso a escolher a vida profissional em vez de seus dilemas pessoais – afinal, o autônomo não conta com um salário fixo, então, deixar de trabalhar para resolver um problema pessoal acaba significando, também, deixar de receber – ten$o!

Oops! E agora?

Geralmente, nos meus posts, eu trago dicas e soluções para meus colegas autônomos e freelancers. Mas, para uma encruzilhada dessas, não há resposta certa e cada um vai lidar de uma forma.

Eu, particularmente, venho atendendo tanto a minha necessidade pessoal de organizar minhas coisas para a mudança, como a necessidade financeira de atender meus clientes. Ando cortando meu tempo de lazer e de sono (yikes!) para dar conta das minhas obrigações (tanto a obrigação pessoal, quanto a profissional). No meu caso, isso é possível, porque sou daquelas chatas que “amam o que fazem”. xD Então, o próprio trabalho já se torna uma fonte de prazer.

No final das contas, a decisão deve ser tomada dependendo do que é mais prioritário. Quanto tempo você tem para terminar seu trabalho? Quanto tempo você tem para cuidar do seu problema pessoal? Um dos dois pode ser “adiado”? O cliente que você está atendendo é um cliente antigo, com quem você já tenha certa “intimidade”? Seria possível pedir uma extensão de prazo para ele?

“É tarde até que arde!”

Precisando de mais tempo e resolveu pedir uma extensão de prazo? Faça com jeitinho. Enfatize para o cliente que pedir extensões não é do seu feitio, mas que se trata de uma situação única e fora do comum, que requer sua atenção e que, portanto, está prejudicando sua disponibilidade. Agora, se você já está acostumado a pedir extensões… Bem… Tá errado! É importante ter em mente que muitos clientes se decepcionam quando pedimos mais tempo para entregar um trabalho. Principalmente, se o prazo foi determinado por nós mesmos. Então, aqui vai uma dica valiosíssima: se você tem a chance de estabelecer o prazo de entrega, sempre estabeleça um prazo maior do que você realmente precisa. Dessa forma, você garante que possíveis atrasos por problemas de saúde ou pessoais não impeçam a entrega pontual do trabalho. E se o prazo de entrega for determinado pelo cliente, não aceite um prazo minúsculo que você não vá conseguir obedecer. Isso pode queimar seu nome com o cliente – e profissionais autônomos não podem correr esse risco! Caso o prazo seja possível, mas exija sacrifícios da sua parte (como perder aquela festa que você queria ou remarcar compromissos importantes), cobre a chamada taxa de urgência (que varia de 10% a 50% do valor do trabalho, dependendo da urgência do cliente, do orçamento disponível e do sacrifício do profissional).

Como não sair perdendo (totalmente)

Muitos profissionais acabam brincando de malabarismos por medo de perder um cliente. Para eles, um fato importantíssimo: o malabarismo, além de mexer com seu psicológico e com a sua saúde, ainda pode fazer com que você faça um trabalho de qualidade inferior ao seu normal. E essa queda na qualidade, muitas vezes, já é suficiente para perder um cliente. Se você não consegue mexer no prazo, não consegue trabalhar por conta do estresse e não quer perder seu cliente de forma alguma, vai uma dica: abra o jogo e indique um colega seu de confiança para atendê-lo dessa vez. Diga, por exemplo:

“Estou com um problema pessoal sério que terei que resolver. Fico muito chateado, porque valorizo muito tê-lo como cliente, mas infelizmente não poderei cuidar deste trabalho nesse momento. Por isso, gostaria de indicá-lo Fulano da Silva, meu colega de profissão e amigo pessoal, que tenho certeza que atenderá suas necessidades da mesma forma. Caso tenha alguma dúvida ou precise de alguma outra indicação de minha parte, me avise. E se houver mais alguma coisa em que eu possa ajudá-lo no momento, pode me procurar. Assim que eu estiver disponível de novo, entro em contato. Agradeço muito a compreensão!”

Fale com seu colega antes de fazer a indicação, para ter certeza que ele também tem disponibilidade. Pega muito mal rejeitar um cliente e encaminhá-lo para alguém que vai rejeitá-lo também – óbvio! Além disso, deixe claro para seu colega – de forma amigável, claro – que você precisa da ajuda dele com esse cliente nesse momento, visto que, nesse momento, você está impossibilitado de atendê-lo nesse momento. Isso mesmo, repita “nesse momento” quantas vezes forem necessárias pro colega entender que você não está entregando um ótimo cliente de bandeja pro cara.

Usando o recurso da indicação, como diz o ditado, você perde a batalha, mas não perde a guerra. Traduzindo, você perde um trabalho (ou alguns, durante o período em que você estiver indisponível), mas não perde o cliente, porque você mostra consideração por ele, coisa que poucos profissionais têm hoje em dia. Além disso, o fato de, em meio a um turbilhão pessoal, você ter se dado ao trabalho de procurar um outro talento de confiança para atender seu cliente só vai provar o quanto ele tem valor para você.

E você?

Compartilhe conosco uma situação em que você tenha vivido um momento de escolha entre um trabalho e um problema pessoal e conte como fez a escolha. Foi a escolha certa?

Abraços e até o próximo post! :)

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